Português de acolhida: um refúgio linguístico para (i)migrantes
Resumo
O Brasil, nos últimos dez anos, enfrentou um aumento no número de imigrantes que, quando chegam ao país, sentem-se deslocados, sem saber o que fazer e muitos deles enfrentam diversos problemas quando chegam no Brasil, como racismo e xenofobia. Grande parte deles chegam aqui precisando de ajuda, tanto psicológica quanto física, mas quase nunca ganham essa ajuda. Assim sendo, o projeto Português de acolhida do IFRS - Campus Canoas incentiva imigrantes, migrantes e refugiados a se interessarem e aprenderem mais sobre a Língua Portuguesa. A principal meta desse projeto é acolher e ensinar mais a Língua Portuguesa para os imigrantes e refugiados, pois, muitas vezes, eles não têm acesso ao ensino, à moradia e ao trabalho. Com essa perspectiva, entre o meses de maio e outubro, os interessados participam de atendimentos semanais no Campus Canoas, com duração de uma hora. Para que se sintam à vontade, as atividades são feitas informalmente, ou seja, com bolsistas do próprio campus, todos do primeiro ano do ensino médio integrado, fazendo com que haja uma troca de conhecimento e experiências, bem como o ensino da Língua Portuguesa. No decorrer do desenvolvimento dessas atividades, os alunos se mostram interessados nas técnicas que os bolsistas utilizam para ensinar, com a escolha das leituras e músicas nacionais. Essa interação entre bolsistas e imigrantes é de extrema importância para ambos, para que conheçam diferentes hábitos, rotinas, culturas, dificuldades e desafios. É possível observar que esse projeto é benéfico tanto para os bolsistas que, por meio das interações, habituam-se em como se relacionar com pessoas e vivências tão distintas, quanto para os próprios imigrantes, que aprendem uma nova língua e, ao fazer isso, conhecem um pouco da cultura brasileira, socializando-se de uma maneira leve, inclusiva, acolhedora e com muitos aprendizados e contribuições para a sua inserção social e ampliação das oportunidades.