Português de acolhida: um refúgio linguístico para (i)migrantes

  • Jaqueline Russczyk Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas
  • Maria de Lourdes Dias Hoffelder Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas
  • Márcio Bigolin Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas
  • Cleusa Albília de Almeida Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) - Campus Serra São Vicente
Palavras-chave: Ensino, (I)migrantes, Português

Resumo

O Brasil, nos últimos dez anos, enfrentou um aumento no número de imigrantes que, quando chegam ao país, sentem-se deslocados, sem saber o que fazer e muitos deles enfrentam diversos problemas quando chegam no Brasil, como racismo e xenofobia. Grande parte deles chegam aqui precisando de ajuda, tanto psicológica quanto física, mas quase nunca ganham essa ajuda. Assim sendo, o projeto Português de acolhida do IFRS  - Campus Canoas incentiva imigrantes, migrantes e refugiados a se interessarem e aprenderem mais sobre a Língua Portuguesa. A principal meta desse projeto é acolher e ensinar mais a Língua Portuguesa para os imigrantes e refugiados, pois, muitas vezes, eles não têm acesso ao ensino, à moradia e ao trabalho. Com essa perspectiva, entre o meses de maio e outubro, os interessados participam de atendimentos semanais no Campus Canoas, com duração de uma hora. Para que se sintam à vontade, as atividades são feitas informalmente, ou seja, com bolsistas do próprio campus, todos do primeiro ano do ensino médio integrado, fazendo com que haja uma troca de conhecimento e experiências, bem como o ensino da Língua Portuguesa. No decorrer do desenvolvimento dessas atividades, os alunos se mostram interessados nas técnicas que os bolsistas utilizam para ensinar, com a escolha das leituras e músicas nacionais. Essa interação entre bolsistas e imigrantes é de extrema importância para ambos, para que conheçam diferentes hábitos, rotinas, culturas, dificuldades e desafios. É possível observar que esse projeto é benéfico tanto para os bolsistas que, por meio das interações, habituam-se em como se relacionar com pessoas e vivências tão distintas, quanto para os próprios imigrantes, que aprendem uma nova língua e, ao fazer isso, conhecem um pouco da cultura brasileira, socializando-se de uma maneira leve, inclusiva, acolhedora e com muitos aprendizados e contribuições para a sua inserção social e ampliação das oportunidades.

Biografia do Autor

Jaqueline Russczyk, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas

Doutora em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas.

Maria de Lourdes Dias Hoffelder , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas

Estudante do Curso técnico em Eletrônica integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas.

Márcio Bigolin, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas

Doutor em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas. Desenvolvedor e idealizador do projeto RevisãoOnline (revisaoonline.com.br). 

Cleusa Albília de Almeida, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) - Campus Serra São Vicente

Pós-doutora em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) - Campus Serra São Vicente. 

Publicado
2025-06-04
Seção
[Comunicação] Multidisciplinar