Gurias fazendo ciência: a representatividade feminina nas áreas de STEM - o caso de meninas dos anos finais do ensino fundamental da E.M.E.F Erna Würth

  • Jaqueline Terezinha Martins Corrêa Rodrigues Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas
  • Micaela Meireles Barreto Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas
  • Júlia Ramos Machado EMEF Erma Wurth
  • Rocheli de Souza Escola Municipal de Ensino Fundamental Erna Wurth
Palavras-chave: STEM, Representatividade feminina, Ensino fundamental

Resumo

Uma pesquisa da Unesco mostra que apenas 28% dos graduados em engenharia, no mundo, são mulheres. No Brasil, a situação não é muito diferente. As mulheres são maioria dos estudantes de graduação, mas a predominância de atuação no mercado de trabalho não é de carreiras de áreas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo identificar as consequências geradas pela falta de representatividade feminina em áreas de STEM para alunas do ensino fundamental do sexto ao nono ano do ensino fundamental da Escola Municipal Ensino Fundamental Erna Würth, localizada em Canoas-RS. A metodologia utilizada é um estudo de caso, utilizando como instrumento de coleta de dados um questionário com questões abertas e fechadas. A coleta de dados foi realizada no mês de outubro/2024, tendo 98 respondentes. As questões buscavam identificar o conhecimento sobre as perspectivas de futuro profissional, opinião sobre desigualdade de gênero, relevância no assunto e motivação para se especializarem em áreas de STEM. Para compreensão do planejamento de futuro das estudantes, foram elaboradas duas perguntas. A primeira questionava as áreas de interesse das meninas com opções diversas e outra questão focava somente em áreas de STEM. Com isso, esperava-se não haver influência nas respostas. Concluímos que 22,4% das respondentes ainda não sabem que área irão se profissionalizar, porém as áreas mais recorrentes foram Artes (18,4%) e Saúde (16,3%). Por outro lado, todas as áreas de STEM tiveram apenas 7,1% das respostas. Já quando só foram dadas opções em áreas de STEM, as participantes se distribuíram dessa forma: tecnologia (50%), ciências (19,4%), engenharia (18,4%) e matemática (12,2%). Ao analisar a questão sobre se as alunas se sentiriam mais confiantes e motivadas em seguirem em áreas STEM se tivessem apoio, 54,1% das estudantes participantes responderam que talvez e 37,8% que sim. Diante a análise dessas três perguntas fica evidente que a falta de apoio e de representatividade feminina nas áreas STEM pode ser um indicativo do desinteresse de meninas por essas áreas. A próxima etapa da pesquisa é a realização de oficinas com as estudantes da E.M.E.F. Erna Würth, com a temática de mulheres nas áreas de STEM, com o objetivo fomentar momentos de reflexão sobre a participação de mulheres nas áreas de STEM e para criação de espaços mais inclusivos. Além disso, pretende-se coletar novos dados para compreensão dos impactos no pensamento das alunas após a realização da oficina. Dessa maneira, pretendemos criar outros momentos para motivação das alunas que se interessam em áreas de STEM, por meio de oficinas, palestras com profissionais das áreas, indicação de livros, séries e filmes entre outras ações. Portanto, planejamos criar uma comunidade de apoio, motivação e inclusão de gurias em áreas de STEM na E.M.E.F Erna Würth. 

Biografia do Autor

Jaqueline Terezinha Martins Corrêa Rodrigues , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas

Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora doInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas.

Micaela Meireles Barreto, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas

Estudante do curso de Bacharelado em Engenharia Eletrônica do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas. Bolsista do projeto de pesquisa "GURIAS FAZENDO CIÊNCIAS: Fomentando a representatividade feminina nas Ciências Exatas, Engenharia e Computação -  um projeto de Inclusão e diversidade para a Educação Básica"

Júlia Ramos Machado, EMEF Erma Wurth

Estudante do ensino fundamental II da Escola Municipal de Ensino Fundamental Erna Würth. Extensionista visitante do projeto de pesquisa "GURIAS FAZENDO CIÊNCIAS: Fomentando a representatividade feminina nas Ciências Exatas, Engenharia e Computação -  um projeto de Inclusão e diversidade para a Educação Básica".

Rocheli de Souza, Escola Municipal de Ensino Fundamental Erna Wurth

Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora(a) da EMEF Erna Wurth, Canoas. Colaboradora do projeto de pesquisa "GURIAS FAZENDO CIÊNCIAS: Fomentando a representatividade feminina nas Ciências Exatas, Engenharia e Computação -  um projeto de Inclusão e diversidade para a Educação Básica".

 

Publicado
2025-06-04