Mobilidade Urbana Sustentável: um estudo exploratório em Porto Alegre e na Região Metropolitana

Resumo

A região metropolitana de Porto Alegre (RMPA) reúne 34 municípios, com mais de 4 milhões de habitantes. Por ser uma região muito populosa, com diversas empresas, muitas pessoas acabam se deslocando para ir trabalhar de uma cidade para outra. Nos últimos anos, as cidades da região têm sofrido uma degradação nos serviços de transporte coletivo, aumento de tarifas, elevação do transporte individual, crescimento dos congestionamentos de trânsito e da poluição do ar. Isso tem gerado impactos negativos na vida das pessoas que, a cada dia, tem mais dificuldades para se deslocar nas cidades. Diante deste cenário, o presente estudo tem como objetivo analisar de que forma as dificuldades de mobilidade urbana afetam a qualidade de vida das pessoas no município de Porto Alegre e nos demais municípios da região metropolitana de Porto Alegre (RMPA), bem como estudar possíveis soluções para este problema visando à mobilidade urbana sustentável. Para alcançar este objetivo, a pesquisa foi dividida em três etapas. Na primeira fase, de caráter exploratório, desenvolvida nos meses de setembro e outubro de 2015, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e a investigação de dados secundários para uma melhor compreensão sobre o problema da mobilidade urbana em Porto Alegre e na RMPA. Em um segundo momento, será realizada uma survey, no mês de novembro de 2015, com os alunos, servidores e demais funcionários do IFRS nos campus situados em Porto Alegre e na RMPA para identificar como este problema afeta a qualidade de vida destas pessoas. Na terceira etapa da pesquisa, a ser desenvolvida em dezembro de 2015, serão estudadas alternativas para tornar a mobilidade urbana sustentável na região foco deste estudo. Alguns dos resultados parciais já encontrados e que serão apresentados pelo estudo demonstram que mais de um milhão de pessoas utilizam diariamente o transporte coletivo em Porto Alegre. Na região metropolitana somam-se mais de 200 mil passageiros. Em média são 30.000 viagens diárias de bicicleta realizadas na capital. Mas, por outro lado, a frota de veículos individuais vem aumentando cada vez mais desde o Plano Real (taxa média de 2,3% a 10,26% anuais), estimando-se em média a existência de um veículo para cada 2,27 habitantes. Estes e os demais resultados do estudo mostram-se importantes uma vez que irão indicar as principias causas dos problemas da mobilidade urbana na região, e como elas afetam na qualidade de vida das pessoas. Adicionalmente, serão apontadas alternativas para mobilidade urbana sustentável, que poderão proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos, reduzindo a poluição e contribuindo para que haja um equilíbrio entre os aspectos econômicos, sociais e ambientais, ou seja, colaborando para o desenvolvimento sustentável da região.