O Uso de Agentes de Conversação: Implementação de um Protótipo

Resumo

Este trabalho apresenta uma proposta de organização de ambientes imersivos para ensejar atividades de aprendizagem ativa utilizando artefatos virtuais e com o apoio de agentes. O ambiente utilizado foi o OpenSim, e nele, além dos artefatos que exibem comportamento simulando experimentos reais, foram implantados agentes. Para ampliar a flexibilidade das interações entre o estudante, através de seu avatar, e o NPC, foi estabelecida uma conexão deste com um chatterbot, cuja base de conhecimento foi preparada para oferecer respostas relevantes ao contexto. Metodologia:O experimento realizado envolveu o uso de um chatterbot no mundo virtual OpenSim para atuar como instrutor e guia do metaverso. O NPC foi interligado ao servidor externo Pandorabots com vistas a ampliar sua capacidade de interação com o usuário.A primeira providência para estabelecer a interligação entre o NPC e Pandorabots é naturalmente a criação de uma conta no "Pandorabots". O nome e dados de acesso ao bot criado devem ser obtidos, pois serão necessários para a configuração do NPC. O Pandorabot criado deve ser tornado público. A segunda parte da tarefa envolve a criação de um NPC, ou seja, um personagem programável e não manipulável por um avatar, em mundos virtuais. Desta forma o usuário terá a sensação que esta interagindo com outro avatar, o que lhe proporcionará uma sensação de tutoria constante.Resultados:Embora existam diversas pesquisas envolvendo a interligação de chatterbots em ambientes virtuais, o uso do tipo de interligação testada no presente experimento não é comum. A presente pesquisa envolveu, além da implementação de um protótipo, também um teste de aceitação e impacto nos usuários visando investigar questões tais como:* os usuários de mundos virtuais querem interagir com um chatterbot guia tutor?* os usuários utilizariam esse tipo de recurso?De acordo com os resultados obtidos, a resposta a essas duas perguntas é sim, o que aponta para benefícios relevantes derivados da integração de chatterbots com mundos virtuais tal como testado no presente caso, usando o OpenSim e o ambiente Pandorabots. Além de responder as duas perguntas, a avaliação de viabilidade também trouxe resultados que confirmam que este tipo de solução atende às expectativas dos usuários em termos de suporte esperado para facilitar e orientar quanto ao uso dos recursos disponíveis em um mundo virtual. Conclusão:Com isso, foi demonstrado que uma aprendizagem individualizada, com possibilidades ampliadas de interação pode ser construída em mundo virtual, no qual os usuários por meio de seus avatares irão interagir com os NPCs de acordo com as suas necessidades e tarefas dispostas, fornecendo uma nova possibilidade de abordagem educacional. Esta maior interação visa melhorar o desempenho dos estudantes tal como demonstrado por Fletcher (2001) como forma de tratar o ?2 Sigma Problem? elicitado por Bloom (1984). Este trabalho constituiu o início de uma linha de investigação envolvendo a criação de outros laboratórios virtuais e agentes virtuais especialmente construídos para orientar a atividade no laboratório e instigar reflexões sobre as ações e resultados obtidos.