Serviço social e assistência estudantil: relato da experiência do estágio curricular no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas

  • Danielle Santos Kroeff Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Serviço Social, Estágio curricular, Assistência estudantil

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo, apresentar resultados de processos e experiências de estágio curricular obrigatório do Curso de Serviço Social, realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), na Unidade de Canoas-RS. O estágio em Serviço Social prevê a inserção do estudante na Instituição conveniada com o objetivo de desenvolver atividade de aprendizagem, sob acompanhamento direto de profissional assistente social supervisor de campo e supervisão acadêmica, que resulta em contribuições necessárias à formação profissional em Serviço Social. O estágio está sendo realizado no setor da Coordenadoria de Assistência Estudantil (CAE) que tem como objetivo a implementação da Política de Assistência Estudantil na Instituição em consonância com o Programa Nacional de Assistência Estudantil, pelo Decreto Lei N°. 7.234 aprovado em 19 de julho de 2010. O estágio desenvolvido instigou a desenvolver um projeto de trabalho em específico com os estudantes do curso do Técnico em Manutenção e Suporte de Informática pela modalidade do EJA-PROEJA, por se tratar de estudantes com maior dificuldade em acessar o sistema de educação, decorrente da idade avançada, da dificuldade de conciliar à família, filhos e trabalho. Para tanto, foi realizado um levantamento de dados da infrequência dos estudantes inseridos no BAE de fevereiro a junho do ano de 2017 e observou-se que os estudantes do PROEJA estão em situação sequencial de infrequência. As aproximações com o objeto de estudo realizadas envolveram: acompanhamento de frequência mensal, pagamento mensal do benefício, entrevistas com os estudantes. Os dados foram analisados por meio de uma contagem simples dos estudantes dos cinco cursos de ensino médio integrado aos Cursos técnico da instituição, sendo eles Curso Técnico em Administração, Desenvolvimento de Sistemas, Eletrônica, Informática e PROEJA. Os resultados prévios apontaram para os estudantes do curso do PROEJA estarem mais suscetíveis à infrequência. No mês de maio, terceiro mês de aula, se constatou que dos duzentos e vinte (220) estudantes cadastrados para receber o BAE, 47,5% deixaram de receber ao menos uma parcela do benefício decorrente da infrequência registrado no mês, isso porque o recebimento do auxílio está condicionada à frequência do estudante que não pode ser inferior a 75% da frequência. A partir disso levantou-se o questionamento: quais são as dificuldades, além da socioeconômica, que esses alunos enfrentam para frequentarem as aulas? Como conseqüência desse processo, o projeto de intervenção buscou planejar ações para compreender quais são as causas que predominam para a infrequência ou evasão escolar desses alunos com vistas a contribuir para diminuir os casos de infrequência e evasão escolar. Entre as ações realizadas, destaca-se o mapeamento do índice de infrequência, evasão e retenção dos estudantes; encontros quinzenais com os estudantes do PROEJA, a fim de levantar coletivamente as limitações que se apresentam na vida escolar, as demandas que surgem nesse processo; grupo mensal com os professores do PROEJA para que se possa estar fazendo a reflexão com eles sobre esse segmento que já traz a frustração de não conseguir estudar na idade certa. 

Biografia do Autor

Danielle Santos Kroeff, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Acadêmica do curso Serviço Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientadora: Aline Viero Kowalski, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Canoas  
Publicado
2018-02-20
Seção
[Ensino] Resumos nível superior