Elaboração de cartilha de biossegurança como ferramentas de ensino-aprendizagem
Resumo
Os laboratórios de ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRS - Campus Porto Alegre) são ambientes destinados à realização de aulas práticas, bem como, projetos de pesquisa e extensão. Para isso, os mesmos necessitam dispor de uma infraestrutura que supra as necessidades essenciais de cada laboratório. Sendo assim, é necessário seguir normas específicas, ou seja, utilizar os equipamentos de proteção individual e coletiva adequados, empregar as boas práticas de laboratório, respeitar os níveis de biossegurança, avaliar os riscos presentes nos laboratórios, entre outros. O ensino de biossegurança precisa articular-se entre a teoria e a prática, assim, biossegurança implica em aprendizagens compartilhadas, visto que tal conhecimento na sua essência é interdisciplinar, integrando-se à geração e à difusão de novas tecnologias. A educação em biossegurança tem o intuito de treinar e ensinar o educando a conhecer e controlar os riscos que o trabalho laboratorial pode oferecer à saúde humana, animal e o meio ambiente, bem como, desenvolver condutas no laboratório. A biossegurança pode ser entendida como a ciência que visa o controle e a minimização dos riscos advindos da prática de diversas tecnologias em laboratório ou no meio ambiente. Entretanto, há muito desinteresse dos estudantes no ensino de biossegurança, quase sempre acarretada pela falta de perspectiva sobre a importância, e indisponibilidade de tempo para execução de aulas/treinamentos sobre o assunto são exemplos de obstáculos encontrados no cotidiano de professores que utilizam o laboratório como espaço de aprendizagem. A utilização de uma linguagem diferenciada, isto é, atraente para o educando, mostra-se necessária para despertar o interesse do estudante e aproximá-lo de sua realidade. O objetivo deste trabalho é contribuir com a educação, demonstrando que materiais educativos diferenciados podem colaborar no processo de ensino/aprendizagem de biossegurança. Neste trabalho foram elaboradas cartilhas de biossegurança destinada aos novos usuários de laboratório, tais como alunos ingressantes nos cursos do IFRS – Campus Porto Alegre, alunos advindos do ensino médio, professores de escolas públicas e privadas, alunos do PROEJA, entre outros. A metodologia de elaboração da cartilha foi baseada nas “Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Agentes Biológicos” do Ministério da Saúde, 2010 e foi realizada em seis etapas: definição do público-alvo; análise e sistematização do conteúdo; escolha das ilustrações; composição do conteúdo; validação pelo corpo docente e distribuição das cartilhas nomeadas de “Boas Práticas de Laboratório: Condutas Básicas de Biossegurança para Laboratórios de Ensino e Pesquisa”. Como resultado foi possível elaborar a cartilha de acordo com a metodologia proposta no trabalho. A cartilha está sendo introduzida para novos usuários dos laboratórios, projetos de pesquisa e extensão que estão sendo executados no ano de 2017.
Referências
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