IFCITEC - Feira de Ciências e Inovação Tecnológica do IFRS - Campus Canoas:

espaço de construção de conhecimento, criatividade e autonomia

Resumo

O presente projeto surge a partir da observação realizada de que estudantes com um preparo antecipado para a Feira de Ciências e Inovação Tecnológica do IFRS - Campus Canoas - doravante IFCITEC - tinham uma maior aproximação com a pesquisa. O IFRS Campus Canoas realiza desde o ano de 2013 a Feira de Ciências e Inovação Tecnológica do Campus (IFCITEC), que em cada edição, recebe cerca de 100 inscrições nas categorias de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Médio Técnico. Visando o incentivo a participação de, não somente a IFCITEC, mas de outros meios de iniciação científica, criou-se o presente projeto. A feira busca incentivar o aluno nos níveis da educação básica e educação profissional a desenvolver suas próprias pesquisas científicas, pois é neste meio que se constrói o interesse pela tecnologia e inovação e participação nos demais meios de pesquisa, tendo assim, um discente com senso crítico. Notou-se que os discentes  tinham interesses em realizarem suas próprias pesquisas. Os mesmos obtinham uma troca de saberes muito maior e inseriam-se muito mais no âmbito tecnológico e científico. O objetivo do projeto é analisar o impacto da IFCITEC na aprendizagem dos discentes do IFRS - Campus Canoas. Os objetivos específicos são verificar se existem práticas pedagógicas voltadas às propostas da IFCITEC, bem como conhecer o que representa para os discentes e docentes da 6ª edição da IFCITEC, a participação na qualidade de expositores de projetos. A metodologia utilizada pauta-se no método “educar pela pesquisa”, do teórico Pedro Demo. Através de questionários enviados para o email dos discentes e docentes participantes da 6ª edição da IFCITEC, chegou-se a conclusão de que a maioria dos alunos que realizam projetos, o fazem por sua própria motivação, não recebendo avaliação adicional ou para a melhoria de suas notas, durante o processo. A pesquisa demonstrou que, apesar das dificuldades encontradas para a realização das pesquisas, discentes e docentes se mantém motivados para criar projetos que visam resolver problemas em sua comunidade. Conclui-se que existe um potencial não explorado que advém da vontade dos próprios alunos em desenvolver pesquisas e que as instituições não estão sabendo acolher essa motivação, uma vez que não dispõe de estrutura para a realização dos projetos, de qualificação de seus professores, materiais de consulta bibliográfica, não incentivam a participação em feiras científicas e nem sempre reconhecem os docentes que realizam esse trabalho. Essas dificuldades relatadas também pelos professores, constitui o empecilho para a ampliação da utilização do método científico como catalisador da curiosidade e potencialidade natural dos alunos, promovendo uma educação menos bancária, mais centrada no aluno e ao encontro das metodologias ativas, tão em uso atualmente, e que nada mais constituem do que uma educação voltada para o aluno, seus interesses, potenciais e desejos de ser mais.