Além fronteiras
a problemática citadina como prática extensionista nas Feiras das Cidades
Resumo
O programa de Extensão “Olhares Sobre as Cidades: Experiências de Viagens” do IFRS Campus Canoas tem como objetivo partilhar, no espaço escolar, a percepção sobre as cidades contemporâneas e o modo de relação entre o sujeito e a urbe. Por meio dos relatos de viagem, há a aproximação com costumes e hábitos diferentes, bem como existe a possibilidade de repensar a importância de conhecer o espaço em que se vive e como isso nos une enquanto seres aptos a viver em sociedade. A globalização é um fenômeno que atinge a tudo e a todos e (re)pensar as consequências positivas e negativas desse novo modo de se conectar, interagir e viajar é imprescindível. Ao lado dos estudos teóricos acerca das temáticas viagem e cidade, todos os anos no Campus, é realizada uma ação do programa “Olhares...” de ordem multicultural intitulada “Feira das Cidades”, nela, os estudantes, servidores e comunidade em geral podem participar tanto como espectadores quanto como palestrantes. Estes podem se apresentar em diversas modalidades: palestras, oficinas de culinária, mesas-redonda, stands, apresentações artísticas, comunicação oral entre outros. Durante estes oito anos de projeto e um ano como Programa extensionista, foram realizadas nove Feiras das Cidades, acumulando centenas de participantes e espectadores, proporcionando o prazer de viajar sem sair do lugar. Em consequência da consolidação deste evento, fez-se necessário eternizar os relatos de nossos comunicadores. Para tanto, dois livros foram publicados: “Crônicas de viagem do século XXI: olhares sobre as cidades” (2014) e “Feira das Cidades: travessias do século XXI” (2018), nos quais os relatos dos palestrantes-viajantes foram reunidos, possibilitando a exposição a qualquer momento das narrativas dos lugares apresentados, bem como transformar os palestrantes em escritores e os ouvintes em leitores. A perpetuação da experiência por meio da narração dos palestrantes-viajantes contribui para o alargamento dos horizontes dos estudantes, servidores e comunidade externa, bem como reforça o registro memorialístico daqueles contadores de histórias. O contato com a alteridade estimula o desenvolvimento de novos meios de aprendizagem, já que a aproximação com diferentes culturas e hábitos é de suma importância para a quebra de preconceitos e estereótipos. Com vistas a integrar as práticas linguísticas, em 2019 foi vinculado ao Programa « Olhares... » o projeto Linguagens e(m) Comunicação que vem promovendo cursos de língua francesa (desde 2018), oficinas de Escrita Criativa e práticas de conversação em língua inglesa todos abertos à comunidade externa, com certificação aos frequentadores assíduos e com presença superior a 75%.
