O diário (pedagógico) de campo: registros, reflexões, produções e autorias

Resumo

Este trabalho, em processo de desenvolvimento, é um desdobramento do Subprojeto “Da Discência à Docência: Vozes, toques, saberes e fazeres na escola” que está vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES/UERGS). Objetiva apresentar a descoberta e a importância de um instrumento de pesquisa, qual seja, o diário de campo, na perspectiva da pesquisa qualitativa. Este instrumento está sendo utilizado pelos bolsistas com a finalidade de registros e reflexões das informações coletadas, relato dos encontros de estudo e planejamento e registros das múltiplas vozes, toques, saberes e fazeres resultantes das experiências vivenciadas no contexto escolar e na própria Universidade. Inclui o resultado de entrevistas realizadas com o intuito de desvelar a real utilidade do diário na perspectiva dos conceitos teóricos aqui apresentados. Para Hess (2006), o diário é uma ferramenta eficaz para quem quer compreender sua prática, refletir, organizar, mudar e torná-la coerente com suas ideias. O objetivo do diário é guardar uma memória, para si mesmo ou para os outros, de um pensamento que se forma ao cotidiano na sucessão das observações e das reflexões. (p. 17). O Diário de Campo, nesse sentido, pode ser o ponto de partida para dar início ao que Lewgoy e Arruda (2004, p. 126) consideram “ inteligência coletiva” enquanto espaço de troca e desenvolvimento de saberes. Para o profissional docente em formação, o Diário de Campo potencializa o exercício da escrita e da reflexão, tornando-se uma fonte inesgotável de produção de sentidos e possibilitando reelaborações teóricas no sentido de autoria. Visto dessa forma, o diário na pesquisa desempenha um papel enriquecedor na construção do conhecimento.

Palavras-chave: diário de campo; reflexões; construção do conhecimento.