Brincando e Aprendendo Química Ambiental, uma perspectiva auxiliar no ensino

  • Arthur Marques de Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Câmpus Feliz
  • Henrique Dario Müller Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Câmpus Feliz
  • Eliane Velasco Simões Portes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Câmpus Feliz
  • Téoura Benetti Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Câmpus Feliz

Resumo

O ensino tradicional em geral é baseado na transmissão de conhecimento através de aulas teóricas onde o aluno atua como mero espectador, assim a aula se torna monótona e desinteressante. Este projeto visa à construção da sala de aula onde a aprendizagem se dá com a participação e cooperação dos alunos valorizando o conhecimento trazido pelos mesmos e assim possibilitando uma aprendizagem mais

significativa na medida em que o seu universo passa a ser parte de estudo, dessa forma o aluno aprende que é um cidadão capaz de interpretar, analisar e intervir no mundo em que vive. Através de jogos de química ambiental é possível despertar o interesse, a compreensão e a discussão a respeito de impactos ambientais, assim também é possível promover mudanças de atitudes individuais e coletivas para garantir a sustentabilidade das atuais e futuras gerações. O jogo desenvolvido neste projeto, intitulado “Brincando e Aprendendo Química Ambiental” foi realizado por dois alunos do primeiro ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do IFRS-Feliz, tendo a orientação das professoras de Química e Artes. A primeira etapa de trabalho consistiu no estudo bibliográfico realizado em sala de aula e em casa sobre questões ambientais como efeito estufa, aquecimento global, descarte adequado de resíduos e poluição; com base em livros didáticos de Química e sites da internet. Estas referências teóricas foram utilizadas para compor as questões que conduzem o jogo. A segunda etapa envolveu a criação e efetivação material e visual do jogo, ou seja, o desenvolvimento material através das linguagens da gravura, pintura, colagem e utilização de softwares específicos para tratamento de imagens e edição de texto como Photoshop, Corel e Word. O desenvolvimento do jogo teve a orientação concomitante das duas disciplinas envolvidas, sendo que os materiais utilizados foram: materiais de suporte ao desenho como lápis, régua, canetas permanentes coloridas, lápis de cor; materiais de pintura como esponja para pátina, tinta acrílica, pincéis chatos e redondos, solvente e verniz; papéis diversos como papel Paraná, Canson 120, 80 e 75 g/m2 brancos e coloridos, sulfite para impressões e estudos iniciais; papel Contact para o acabamento das cartas; outros materiais de suporte como tesoura, fitas adesivas e cola; materiais reutilizados como dado, peões e madeira para o tabuleiro. A etapa de construção foi realizada na escola durante as aulas de Artes e também durante períodos extra classe. O grande diferencial na área das artes visuais foi a construção do tabuleiro em madeira através da xilogravura, ou seja, escavando na madeira os desenhos correspondentes com o auxílio de goivas e estiletes específicos, desta forma os alunos puderam expressar suas habilidades e criatividade. A escolha do desenho demostrou a preocupação que os alunos têm com o rio da sua cidade. Este trabalho favoreceu a construção de conhecimento significativo sobre Química Ambiental e Artes, e pode se constituir num meio efetivo de leitura do mundo, tecendo relações contextuais atuais sobre problemas ambientais, ações antrópicas e favorecendo a construção de novos comportamentos em relação ao ambiente.

Publicado
2014-07-14
Seção
[Pesquisa] Resumos nível médio