O limite entre a fisiologia e a patologia na prática de exercícios físicos

  • Henrique Dario Müller Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Câmpus Feliz
  • Vivian Treichel Giesel

Resumo

Um assunto que tem se mostrado de muito interesse para a sociedade atual é o exercício físico voltado para a melhoria da saúde, além da preocupação com o corpo e também com a mente. Diversos questionamentos surgem sobre até que ponto fazer exercício faz bem para a saúde e para o corpo. Existem inúmeras dúvidas sobre quais seriam as intensidades ideais de prática de exercício físico para cada indivíduo. Ao analisar artigos referentes aos aspectos fisiológicos inerentes à saúde, percebe-se que atletas não necessariamente apresentam um estilo de vida condizente com a aquisição da mesma. No entanto, o sedentarismo é um evidente promotor de patologias e obesidade. Assim, muitos procuram a plena saúde, o que está entre ser obeso ou sedentário e ser atleta, ou seja, a prática do exercício feita de forma correta, que não prejudique o próprio corpo. Neste projeto buscamos saber sobre os limites entre o exercício físico praticado em intensidades que possam vir a gerar patologias e aquele cuja prática produz apenas alterações fisiológicas favoráveis a saúde. Qual o limite para que o corpo entre em colapso. Os jovens atuais estão muito preocupados com o corpo e a boa forma, por isso lhes interessa saber sobre o exercício físico, suas formas e melhorias proporcionadas. Investiga-se o limiar de intensidade para a prática de exercício de forma segura, para que possa existir uma prática sem prejuízos. Nesta revisão este limite será buscado baseado em um foco, o hormônio cortisol, o qual é produzido na glândula supra-renal em resposta ao estresse. O referido hormônio age de forma moduladora na liberação em praticamente todos os hormônios existentes em nosso corpo. Entendendo como este funciona no treinamento físico e quais os hormônios relacionados ao desempenho ele afeta, pode-se então descobrir um limite aproximado de quando o corpo passa a sofrer pela patologias oriundas com a prática do exercício físico. Na literatura pouco é visto sobre este limite, mas é uma consciência que se deve ter para a prática de exercícios físicos, assim melhorando o aproveitamento da prática pelo indivíduo. Até o momento, os artigos científicos verificados constatam uma associação, principalmente no exercício de alta intensidade, entre cortisol e testosterona, que é conhecidamente um hormônio esteroide anabolizante. Assim atletas de alto nível, por exemplo maratonistas, são submetidos a um ambiente de estresse intenso em suas práticas diárias e os níveis hormonais da relação cortisol/testosterona ficam desequilibrados, causando um desbalanço entre anabolismo e catabolismo, o que pelo conhecimento já adquirido nos artigos mostra uma clara propensão às lesões/patologias.

 

Palavras-chave: cortisol; exercício físico; estresse

Publicado
2014-07-15
Seção
[Pesquisa] Resumos nível médio