Um objeto lúdico para desenvolver noções de responsabilidade junto a crianças com deficiência intelectual

  • Rafael Humann Petry Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Canoas
  • Leonardo de Araújo Lopes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Canoas
  • Northon Farias Iserhardt Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Canoas
  • Silvia de Castro Bertagnolli Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Canoas
  • Patrícia Nogueira Hubler Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Canoas
Palavras-chave: Plataforma Arduino, Deficiência intelectual, Responsabilidade

Resumo

Com o desenvolvimento crescente de tecnologias que visam auxiliar deficientes cognitivos, além da considerável demanda que surge em decorrência da necessidade de inclusão dessas pessoas, deu-se início ao desenvolvimento deste projeto. O projeto está sendo desenvolvido através de uma parceria entre o IFRS e a APAE Canoas, e busca desenvolver o senso de responsabilidade em crianças com deficiência intelectual. Alguns autores argumentam que a interação de portadores de deficiência intelectual com animais melhora a socialização, a cognição, a fala, os "autocuidados" e a "autoestima". Porém, a adoção de uma mascote real no ambiente da APAE não é possível, pois seria necessário alguém para cuidá-la, inclusive nos fins de semana. Assim, surge outro ponto a ser abordado por este trabalho, que compreende o desenvolvimento de uma mascote que possibilite à criança com deficiência intelectual o desenvolvimento da autonomia e do senso de responsabilidade. Para o desenvolvimento dessa mascote optou-se pela utilização da plataforma Arduino e de componentes como: Leitor de RFID (Radio Frequency IDentification), Acelerômetro, LCD (Liquid Crystal Display), adaptador de cartão MicroSD e um relógio. O Arduino combinado aos demais recursos farão parte de um circuito interno que permitirá o controle das necessidades da mascote, tais como:  fome, sede, sono, exercícios, entre outros. O circuito eletrônico resultante da união desses componentes será encapsulada em uma mascote de pelúcia - uma girafa. Essa mascote irá se comunicar com a rede WiFi enviando todos os dados gerados pelas interações realizadas pela criança com deficiência intelectual a um servidor de banco de dados, e com isso será possível que o professor possa acompanhar e registrar as interações realizadas, ou identificar o quanto a criança está ou não evoluindo na sua capacidade de tomar conta desta mascote. Cada criança possuirá uma etiqueta RFID que ela utilizará para se identificar. Após identificada, ela deverá cuidar da mascote, que periodicamente terá necessidades que deverão ser atendidas pela criança. As necessidades atualmente implementadas compreendem: fome, sede, sono e exercício. Fome e sede são controladas também pelo RFID, onde as crianças possuirão duas etiquetas decoradas com imagens de comida e água. O leitor é posicionado por dentro da pelúcia na parte da boca da mascote, para assim, simular a alimentação. Sono e exercício são controlados pelo acelerômetro ADXL345, que através da detecção de orientação do giroscópio, é possível saber quando a mascote está sendo movimentada, caracterizando o exercício. Com o objetivo de criar uma interface entre a criança e a mascote, todas as necessidades são representadas em gráficos de barra no LCD, posicionado na barriga da mascote, utilizando uma linha do LCD para cada necessidade apontada previamente. Com o objetivo de aumentar a capacidade de acompanhamento de evolução das crianças, são gerados relatórios com as interações de cada criança. A partir do desenvolvimento deste trabalho percebe-se a importância de realizar projetos junto à instituições parceiras, pois assim é possível resolver problemas reais demandados pela comunidade.

Publicado
2018-02-20
Seção
[Ensino] Resumos nível médio