Feminismo na Restinga: a insurgência das mulheres na periferia

  • Bianca Rohr Hanauer Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Restinga. Porto Alegre, RS
  • Emanuele Begnini Cristovao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Restinga. Porto Alegre, RS
Palavras-chave: Feminismo, Gênero, Inclusão social

Resumo

O programa de extensão intitulado Feminismo na Restinga: a insurgência de mulheres na periferia é um espaço de diálogo, aproximação e de trocas, entre mulheres que criaram formas de resistir no passado e continuam resistindo através de espaços como a liderança comunitária e de instituições que promovem a igualdade de gênero neste bairro, mediante as discussões dos feminismos contemporâneos. Para esse intento embasamos nossas abordagens em estudos realizados dentro dos Institutos Federais, em estatísticas que envolvem as mulheres e em estudos teóricos dos feminismos. O objetivo geral do programa é proporcionar ações educacionais que abordem, em uma perspectiva crítica, a temática feminista na Restinga, envolvendo a comunidade acadêmica, mulheres líderes comunitárias, mulheres terceirizadas do serviço de limpeza do Campus e a comunidade do bairro em nossas ações. Para alcançarmos este objetivo desenvolvemos as seguintes ações coletivas de formação feministas: Projeto de Extensão Nós podemos discutir corpo, gênero e sexualidade na Restinga; Grupo de estudos sobre feminismos; Oficinas feministas; Cursos; Elaboração de materiais didáticos/informativos; Capacitação de educadores/educadoras; Implantação de um Centro de Memória das Mulheres da Restinga e  Evento sobre feminismos e interseccionalidade. O programa também se justifica por uma demanda social local, pois acreditamos na indissociabilidade entre as ações feministas promovidas na Restinga por diferentes grupos de mulheres e a integração com a mesma comunidade através da temática do feminismo e do que simboliza “tornar-se” mulher na contemporaneidade nas periferias das grandes cidades do Brasil. Neste sentido, o projeto foi criado como um incentivo à cultura de construção de movimentos coletivos, de formação política e feminista, e consequentemente direcionadas a mobilização e defesa das mulheres do bairro, sendo o Campus Restinga/IFRS, o centro de referência, pois este programa está sendo executado por integrantes do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero e Sexualidade (NEPGS) e pelas alunas que compõem o Coletivo Feminista Ada Lovelace. Algumas das ações realizadas esse ano foram o evento “Ocupa Tudo – Semana do Orgulho LGBT+”, que recebeu cerca de cinquenta discentes do Campus Alvorada/IFRS, a oficina de Defesa Pessoal para Mulheres, ações sobre a visibilidade lésbica, entre outras. Em síntese, o programa visa a educação e a desconstrução de ideais machistas e misóginas tão arraigadas em nossa sociedade, e começa suas ações especialmente nas regiões onde as mulheres são mais afetadas, na periferia.


Biografia do Autor

Bianca Rohr Hanauer, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Restinga. Porto Alegre, RS
Estudante do segundo do curso Técnico em Lazer Integrado ao Ensino Médio e bolsista de extensão (pibex)
Emanuele Begnini Cristovao, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Restinga. Porto Alegre, RS
Estudante do segundo do curso Técnico em Lazer Integrado ao Ensino Médio e bolsista de extensão (pibex)
Publicado
2019-04-30
Seção
[EXTENSÃO] Resumos nível médio